Resumo: |
Baseada nas pesquisas sobre o ensino de química de diversos autores, essa
monografia propõe o uso da experimentação na escola como uma ferramenta de
auxílio ao aluno. Para isso, uma história do tipo conto policial foi especialmente
desenvolvida para que ele compreenda a importância da química no seu dia-a-dia,
relacionando os conteúdos teóricos das aulas com os fenômenos, objetos e
produtos que estão ao seu redor, envolvendo-se efetivamente no processo de
construção de seu próprio conhecimento, atingindo assim, as orientações contidas
na Proposta Curricular do Estado de São Paulo.
Esta história narra vida de um trabalhador comum que se depara com um
problema em seu trabalho, e usa experimentos químicos para resolve-lo.Com base
nesse contexto, os alunos são convidados a participar da história realizando um
desses experimentos. Os resultados obtidos servem de base para a criação de um
ambiente no qual o professor e os alunos interagem entre si, discutindo fenômenos
químicos e os resultados obtidos.
O experimento consiste na extração da porção lipídica juntamente com a
porção lipossolúvel do chocolate, através da adição de um solvente, não sendo
necessária a utilização de equipamentos específicos de laboratório. Desta maneira,
viabiliza-se sua realização em qualquer escola estadual, pois utiliza também
materiais e substâncias do cotidiano das pessoas.
Sem deixar de lado a parte científica do processo, no decorrer das aulas os
alunos tem contato, através de material audiovisual também elaborado
especialmente para essa monografia, com o método Soxhlet, bastante utilizado na
determinação de lipídeos em alimentos, e são convidados a discutir sobre os
resultados, diferenças e semelhanças entre os dois métodos, relacionando-os aos
conteúdos químicos abordados juntamente com o professor.
Por se tratar de um material rico em informações visuais e táteis, espera-se
que alunos com deficiência auditiva possam se beneficiar dele, adquirindo de forma
satisfatória os conteúdos propostos no Currículo do Estado de São Paulo,
transpondo-se em parte as dificuldades que a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
muitas vezes possui ao transcrever algumas linguagens específicas da química. |