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Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)


Curso: Química
Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)
Ano de Defesa: 01/12/2012
Título: Neurotransmissores: uma abordagem química e farmacológica
Autor(es): Macedo, Deyvid Torres Dias
Orientador(es): Guedes, Maria do Carmo Santos
Co-orientador(es):
Palavras-Chave:
Assunto: receptores, neurotransmissores, sinapses, óxido nítrico, dopamina, depressão, mal de Alzheimer
Resumo: O estudo da comunicação química interneuronal é denominada neuroquímica. Neurônios são as células do sistema nervoso especializadas na comunicação de alta velocidade e grande precisão entre o meio externo e o organismo. Essa forma de comunicação de alto desempenho otimiza a adaptação e a sobrevivência do organismo em condições fisiológicas relativamente constantes (necessárias a realização das reações químicas intra e extracelulares), através da monitoração e do controle funcional dos órgãos e dos músculos. Os neurônios possuem morfologia complexa, porém quase todas apresentam três componentes: o corpo celular ou pericárdio, os dendritos e o axônio. A sinapse é o ponto de junção de um neurônio com o próximo e, portanto, é sítio vantajoso para o controle da transmissão do sinal. As sinapses determinam à direção em que os sinais nervosos irão se dispersar pelo sistema nervoso. Dado que os neurônios formam uma rede de atividades elétricas, eles de algum modo têm que estar interconectados. Quando um sinal nervoso, ou impulso, alcança o fim de seu axônio, ele viajou como um potencial de ação ou pulso de eletricidade. Entretanto, não há continuidade celular entre um neurônio e o seguinte; existe um espaço chamado sinapse. Nas sinapses químicas não existe comunicação direta entre o citoplasma das duas células. As membranas celulares estão separadas por fenda sináptica de 20?m e as interações entre as células ocorrem por meio de intermediários químicos conhecidos como neurotransmissores. Neurotransmissores (NT) são mensageiros químicos utilizados na comunicação entre células do sistema nervoso. Podem ser categorizados por sua origem / estrutura química. Neurotransmissores podem ser excitatórios ou inibitórios, no que concerne às suas ações imediatas sobre a célula-alvo. Os neurotransmissores são substâncias que existem naturalmente no cérebro e, como tais, servem para conduzir a transmissão de uma célula nervosa (neurônio) para outra. A transmissão sináptica refere-se à propagação dos impulsos nervosos de uma célula nervosa a outra. Isso ocorre em estruturas celulares especializadas, conhecidas como sinapses na qual o axônio de um neurônio pré-sináptico combina-se em algum local com o neurônio pós-sináptico. A transmissão sináptica começa quando chega ao terminal um potencial de ação. A despolarização que invade a membrana do terminal provoca a entrada de Ca2+ para o citosol na região das zonas ativas, pela abertura de canais para esse íon, acumulados nas proximidades. A atividade do sistema nervoso central depende basicamente das funções de excitação e inibição. O GABA, considerado o principal neurotransmissor inibitório no SNC, ativa os receptores resultando em hiperpolarização. O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório do SNC, vital para estabelecer os vínculos entre os neurônios que são a base da aprendizagem e da memória a longo prazo. A norepinefrina interfere no ritmo sono/vigília, emoção, aprendizagem, controle da temperatura, entre outros. A acetilcolina (Ach) é o neurotransmissor utilizado pelos neurônios que inervam os músculos. A estimulação dos receptores Ach nos músculos resulta na sua contração. A Ach e a norepinefrina são os principais neurotransmissores do sistema nervoso simpático. Uma vez que as moléculas do neurotransmissor são liberadas de uma célula como resultado do disparo de um potencial de ação, elas se ligam a receptores específicos na superfície da célula póssináptica. A memorização pode ser discutida em termos químicos, isto é, pode ser associada a uma molécula presente em nosso organismo: o óxido nítrico. A dopamina tem a função básica de levar adiante a informação, na forma de sinais elétricos, de um neurônio a outro. Controla níveis de estimulação e controle motor em muitas partes do cérebro. A dopamina atua como alvo terapêutico para alguns dos distúrbios importantes do SNC, incluindo a doença de Parkinson e a esquizofrenia. O presente trabalho teve como objetivo apresentar e discutir os aspectos químicos envolvidos nos neurotransmissores, suas moléculas e receptores e suas ações no SNC.
Área:
Arquivo: Neurotransmissores: uma abordagem química e farmacológica
País: Brasil
Editor: Centro Universitário Campo Limpo Paulista
Sigla: UNIFACCAMP
Tipo de Acesso: Acesso Aberto