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Campo Limpo Paulista 03/08/2021

Alunos assistem palestra sobre competências socioemocionais

Palestra trata da questão das emoções nesse contexto pandêmico; índices de violência, depressão, e de vulnerabilidade têm aumentado consideravelmente e afetam a aprendizagem

O professor Cléber Lima foi o palestrante e abordou como os futuros professores podem tratar os alunos, valorizando a emoção

A palestra com o tema “Sinto, logo existo: a escola e as competências socioemocionais em tempos pandêmicos” foi apresentada no fim do semestre do curso de Letras, tendo como palestrante o professor Cléber Lima.

O docente apresentou os fundamentos da Escola das Emoções, em Leiria, Portugal, deu sugestões a respeito da retomada, em relação às atividades e ao foco que precisamos ter nesse contexto pós-pandemia quanto às emoções, tanto de alunos quanto de professores e funcionários no acolhimento emocional.

A palestra trata sobre a questão das emoções nesse contexto pandêmico, mostra detalhes de como índices de violência, depressão, vulnerabilidade têm aumentado consideravelmente e afetam a aprendizagem e, consequentemente, o ensino e seus processos.

O palestrante afirma que, ao falar de emoção, é importante nomear o que se sente, que é o primeiro passo para trabalhar com as emoções (buscando compreender o que está acontecendo). Isso porque, emoção é uma resposta de um movimento que veio de fora para dentro, que está relacionado com as nossas necessidades internas (que são favorecidas, contrariadas, por exemplo, por esses estímulos externos).

Ele iniciou, por meio de um quiz interativo com os alunos, perguntando como eles estavam se sentindo, e eles responderam com emojis, alegres, tristes ou pensativos. A maioria dos que estavam assistindo se identificou como pensativos, e para ilustrar a respeito da definição e do papel das emoções, foi apresentado um trecho do filme de “Divertidamente”, que exemplifica de forma lúdica como seria a administração das nossas emoções internamente.

O professor retornou a sua fala defendendo que todas as emoções têm um papel na construção de nossa personalidade; por exemplo, um momento de tristeza exige um maior estado de controle sobre o fato, como diz a neurociência por meio de embasamento fisiológico para esses pontos. As emoções básicas são: alegria, tristeza, medo, raiva, prazer/recompensa, reações de luta e fuga (como define a neurociência desde 1980).

As diretrizes mais modernas vão recorrer para a importância das emoções para o desenvolvimento e aprendizagem. Este campo é chamado de neurodesenvolvimento infantil (por meio de um vídeo, ele apresentou as etapas do crescimento e emoções desde bebê).

Cléber expôs que os professores vão receber pessoas com medo, ansiedade; isso porque a pandemia trouxe situações novas a serem analisadas pelos professores e diretores de escola antes de receberem os alunos para as aulas presenciais. Por isso, é preciso entender o conceito de desenvolvimento da competência socioemocional.

A própria BNCC incita a buscar o desenvolvimento integral: intelectual, dimensão física; dimensão emocional; dimensão social, e dimensão cultural. Trabalhando as competências: argumentação, autoconhecimento, competência da empatia e da cooperação, e responsabilidade e da cidadania estão voltadas para o trabalho socioemocional.

Tudo isso que se apresentou, tem a ver com a Escola das Emoções, em Leiria, em Portugal, que se baseia no acolhimento, escuta (ativa e integral, ouvir o corpo, a expressão facial e o ritmo de fala), e fortalecimento da rede de apoio, que significa entrelaçamento e conexões de pessoas que se relacionam e se ajudam.

Uma primeira estratégia seria fazer uma triagem para saber como estão aqueles que voltam, ampliando atividades artísticas corporais e dinâmicas de escuta, em que se coloquem, interajam, socializem. Mostrar que também estamos fragilizados, mas podemos escutar e encaminhar para busca de ajuda.

Por fim, o professor apresentou orientações de como trabalhar para construir uma relação saudável com os filhos e maneiras de como orientar os jovens. Ele abordou as seguintes ideias: a necessidade de se definir limites: pai tem que transmitir segurança, alimentos nutritivos, 1 hora ao livre por dia, jogos em tabuleiro, tarefas e trabalhos de casa e uma rotina de sono consistente.

Texto: Kelly Gomes de Oliveira
Foto: Reprodução
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