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Campo Limpo Paulista 20/08/2019

Rainha do Congo emociona público na Unifaccamp

Diambi Kabatusuila lamenta mortes em Suzano e Brumadinho, conta a história do povo Bantu, primeiros africanos que chegaram ao Brasil, e encanta com sua simplicidade e simpatia

Rainha do Congo, Diambi Kabatusuila, no Anfiteatro da Unifaccamp: plateia se empolga com seu estilo cativante

A Rainha do Congo Diambi Kabatusuila falou para uma empolgada plateia na noite de quinta-feira (14) no Anfiteatro da Unifaccamp. Nem o atraso de quase duas horas por conta do trânsito tirou a motivação dos estudantes e do público presente. Com estilo cativante e esbanjando simplicidade, Diambi falou sobre a contribuição do Congo para a formação da identidade cultural do povo brasileiro. O evento teve transmissão ao vivo pelo Facebook da faculdade.

Além de Campo Limpo Paulista, a turnê da Rainha já passou por Salvador, Rio de Janeiro e outras cidades. Sua comitiva foi formada por representantes de vários países africanos e até dos Estados Unidos. A palestra lotou o Anfiteatro e também a quadra do Centro Universitário, onde havia um telão transmitindo tudo. Antes da fala de Diambi, os estudantes de Licenciatura em Música fizeram uma homenagem com uma música tradicional Africana, que emocionou a platéia e os visitantes.

Diambi, que significa “aquela que traz a boa nova”, foi recepcionada pelo Mantenedor da Unifaccamp, Nelson Gentil, pela Reitora, Patrícia Gentil, e ainda o Pró-Reitor Administrativo, Fernando Gentil, e a Pró-Reitora de Ações Comunitárias, Silvia Oyama, além de diversos professores e estudantes.

Rainha do Congo, Diambi Kabatusuila
Chegada da Rainha Diamba à Unifaccamp

Em inglês, embora domine os idiomas francês, espanhol e bantu, e também tenha facilidade de se expressar em português, a Rainha palestrou com a ajuda de uma tradutora e, ao começar, demonstrou condolências às vítimas de Brumadinho, das enchentes em São Paulo e do ataque na escola de Suzano. Contou também que veio ao Brasil pois a cultura africana só é lembrada pelo período de escravidão. “Na África nós tínhamos grandes matemáticos, agricultores, engenheiros, além de bibliotecas e enormes construções, mas pela suposição de supremacia de alguns países, há muitos anos, tudo foi dizimado,”

A mensagem principal foi a de que todos os povos são irmãos. “Todos os seres humanos são filhos da mãe África. O berço da humanidade está na África. E, apesar de tudo, o povo africano ainda está aqui, e isso é o que importa. Nós sobrevivemos e continuamos aqui”, disse Diambi aplaudida entusiasticamente pela plateia.

Os representantes do povo Bantu, do Congo, foram os primeiros africanos que chegaram ao Brasil no período de escravidão e muitos elementos da cultura brasileira foram originados desse país, como a formação do samba, a culinária e a religiosidade. “Vocês recriaram a África aqui no Brasil. Vocês são a África. Herdaram muitos dos ancestrais e devemos ser gratos a essa história, que é nossa grande professora,”

Regivaldo, Ellen Rozante, Rainha Diambi e Nelson Gentil
Rainha cumprimentando aluna da Instituição: emoção

Ao final, a Rainha encorajou todos a refletir sobre a pergunta: “Por que devemos viver em uma sociedade desigual quando a mãe Terra nos deu tanta abundância? Somos um, juntos e iguais. As diferenças são criadas pelo ser humano”.

Fotos e abraços finalizaram a noite, e as palavras da Rainha que marcaram todos foi: “Vocês têm o poder para transformar o mundo”.

Rainha Diambi encanta com seu carisma
Público participa ativamente de toda a palestra

Texto: Caroline Rodrigues - RA: 28162
Foto: Edvanderson Luiz
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